Evolve – Digital Transformation Summit 2022

Casos de Transformação Digital

CASOS DE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
ABERTURA | Rogério Carapuça, Presidente da APDC

“A transformação digital não é uma transição. Não estamos a transitar de algo analógico para algo baseado em tecnologia. O que estamos é a fazer uma transformação do negócio. Por isso, os casos de transformação digital são casos em que o negócio muda, passa a ser feito de outra forma, os processos ficam diferentes e, nos casos mais extremos, a cadeia de valor muda. E essa transformação tem de ser medida, porque só o que é medido é que se pode gerir. Para isso, antes de começar o processo de transformação, é necessário saber quais os seus objetivos” – Rogério Carapuça, presidente da APDC na Sessão de Abertura do EVOLVE

ENQUADRAMENTO | Paulo Cardoso do Amaral, Coordenador Científico do EVOLVE

“Tudo começa com a tecnologia, que não para de evoluir com uma velocidade cada vez maior, Não podemos ficar parados. A transformação do negócio, numa perspetiva de criação de valor, é onde queremos chegar. Para mudar a proposta de valor, temos de transformar a empresa no que é o seu modelo de negócio. Para mudar a cadeia de valor. Há um conjunto de dimensões dentro da organização a mudar, a começar pelas pessoas. Tem de se fazer uma transformação coordenada, para ser eficaz, com a certeza de que as dimensões estão lá todas”

“Temos de aprender o que fazer com as tecnologias, sempre na perspetiva de que não vai ser a solução provável e única para organização. Há outras em desenvolvimento que vão ser a vantagem competitiva do futuro. Proposta de valor, modelo de negócio, engagement das pessoas… É um processo de aprendizagem. E o que é que aí vem? Não tenho bolas de cristal, mas não é difícil perceber o que tem sido a sequência da transformação digital há algum tempo”

“Qualquer empresa na sua indústria funciona em ecossistema. Não vale a pena pensar apenas em indústria e vantagem competitiva no setor, porque no contexto dos ecossistemas, a separação entre indústrias começa a esbater. Há que pensar no equilíbrio novo que aí vem. A regulação, em particular a financeira, tem um papel muito importante, porque define como podemos viver em sociedade. As novas tecnologias estão prontas a entrar no mercado, direitinhas aos ecossistemas. Por isso, temos de estar bem alerta. Ao ter o cenário do que parece ser o que é provável, temos de perceber o que pode acontecer e como se prepara para esse cenário”
Paulo Cardoso do Amaral, Coordenador Científico do EVOLVE, sobre o Enquadramento do EVOLVE

#DM Mais Simples - Registo, Codificação e Divulgação com a Notificação

Trata-se de um Desenvolvimento de um inovador Sistema de Informação de Dispositivos Médicos (SIDM) de apoio à decisão e de suporte à atividade de regulação e supervisão de mercado de Dispositivos Médicos (DM) e reengenharia de processos. Desenvolvido pela Capgemini, visa aumentar o conhecimento existente sobre o mercado, aumentar a transparência do processo e a literacia dos profissionais de saúde e do cidadão, contribuindo para o aumento da segurança na utilização destes produtos.

Este sistema tem como principais objetivos: agilizar e dotar os agentes económicos de autonomia no registo de Dispositivos Médicos; aumentar a transparência e segurança, através do livre acesso à informação sobre DM registados em Portugal, bem como ao registo/notificação de incidentes; e otimização da gestão relacionada com a supervisão, designadamente fiscalização e vigilância de mercado e evolução do mercado, através de componentes analíticas.

A sua implementação já teve resultados concretos, como o aumento da transparência (mais de 300 mil visitas); a reafectação de recursos as atividades de supervisão, já que a automatização dos processos permitiu que 24% dos RH fossem deslocados para atividades de maior valor; o reporte de incidentes, com um aumento de 53% de notificações; a redução dos custos de operação; e o aumento da satisfação interna e externa (73% colaboradores 75% dos clientes muito satisfeitos).

“Foi priorizado o que se pretendia, fazendo-se reengenharia de processos. Mudámos o nosso mindset e eliminámos uma série de passos para a indústria que antes existiam. Migrámos quatro sistemas para um, sendo essencial em todo o processo a comunicação. Conseguimos simplificar o processo de autorização dos dispositivos médicos, a indústria é totalmente livre de ir ao site e atualizar informação, ter acesso às suas certidões sem interações do INFARMED”

“A tecnologia trouxe-nos ainda uma lufada de ar fresco, com a codificação num minuto e a automatização de todo o processo de codificação, passámos a ter disponibilização de informação em tempo real e criámos um reporte, para notificação sobre os dispositivos médicos. Obtivemos mais transparência, deslocalizamos 24% dos recursos para a área da supervisão, aumentámos em 60% a denuncia e temos hoje mais de 70% dos colaboradores e clientes satisfeitos com este projeto”

“Ter uma equipa do projeto foi essencial. Correu tão bem que vamos para a 2º fase. Queremos partilhar mais e melhor informação sobre dispositivos médicos, aumentando a qualidade de informação que disponibilizamos. O projeto de dois anos foi um sucesso gigante. Temos de mudar, porque são afundamos. Porque temos concorrentes, nomeadamente da Europa”

– Carina Adriano, Director of Information Systems and Technology | INFARMED

“Entre os maiores desafios, esteve o ecossistema e a mudança. Neste projeto específico, a tecnologia era importante, mas não o mais importante. Tivemos de garantir que o ecossistema estava alinhado com o que se pretendia fazer, envolvendo as pessoas. Criando uma visão mais executiva e não tão técnica, para passar a informação às pessoas. O histórico era também importante, com 16 anos de informação que não se poderiam perder. Conseguimos isso criando uma equipa especifica, com foco na visão do produto e do dispositivo”

– Romeu Fonseca, Team Unit Manager (Healthcare) | Capgemini Engineering

Customer Engagement: Como Criar um envolvimento inteligente e personalizar a experiência do seu cliente

Esta é uma solução que se traduz na evolução do Contact Center como Serviço Central de contacto com os clientes, independente dos canais (voz, mail, chat, vídeo ou bots). A evolução da tecnologia permitiu à Cofidis adaptar-se na forma como os seus clientes queriam e podiam interagir, durante e após o início da pandemia.

“Sempre otimizámos os processos, mas chegámos a uma fase de ter de saber como preparar a Cofidis do amanhã. Como a vamos idealizar, se pode ou não estar no crédito ao consumo. Por isso, tivemos de pensar como colocar parceiros e clientes no centro das nossas decisões. O movimento começou pelo diagnostico das fragilidades: não conseguíamos garantir a mesma experiência ao cliente em todos os canais e medir de forma fiável a atividade, porque cada área produzia os seus indicadores. Já tínhamos parte da tecnologia in-house mas não estávamos a tirar proveito de todo o potencial, porque não evoluímos nos processos”

“Fazer isto tudo num só projeto foi possível priorizando e limitando as áreas de atuação. A primeira é como conseguimos colocar os nossos trabalhadores a trabalhar numa única plataforma. Vimos como eram as base lines, taxas de satisfação dos clientes, de eficiência e de atendimento ao publico e, com isso, definimos um plano ambicioso. Começámos pelo canal do email, sendo direcionados para as pessoas certas, o chat e toda a parte de medição dos KPI”

– Claúdio Pimentel, Chief Information Officer | Cofidis Portugal

“Os atores principais não são a tecnologia, mas a competência e a capacidade. A Cofidis teve de encetar um processo de mudança cultural, juntando IT e negócio, com pessoas com competência para definir como tecnologicamente poderiam endereçar os desafios”

“As marcas e as empresas não competem só pela marca e serviço, a experiência da entrega tem um peso muito grande na decisão. Os novos canais estão a ser exigidos como formato de se relacionar com as empresas, a experiência tem de ser medida e a solução entregue.
Encontrávamos na nossa tecnologia a competência para endereçar estes desafios”

“Quando olhamos para um centro de contacto, vamos querer automatizar e criar canais de contacto mais digitalizados, porque é isto que o cliente quer. Mas quando tem um problema, tem de ser mais apoiado, através de um superagente. Temos de dar a informação total ao colaborador sobre o cliente. Não queremos tirar o humano dos processos, mas dar-lhe mais empowerment para resolver processos mais complexos”
Luis Lança, Chief Technology Officer | Logicalis Portugal
“Tivemos de tomar algumas opções. Há um processo evolutivo que ainda continua. A voz tem ainda uma preponderância grande nos centões de contacto e há que perceber o sentimento das pessoas. Tem que se trabalhar o processo de linguagem natural e saber como analisar o sentimento dos clientes e como é que simplificamos a vida dos nossos agentes”
“Ainda podemos acrescentar nas áreas da a capacitação humana ao superagente, para conseguir fazer a diferença. É o ponto focal, é crucial para a inteligência que os clientes nos pedem”

– Pedro Francisco, Sales Leader | Cisco Portugal

Transformação de Sistemas Operacionais e Comerciais

Foram implementados de raiz sistemas operacionais de gestão da empresa, de gestão de capital humano, de retalho e de e-commerce. Este projeto permitiu consolidar vários sistemas e transformar processos, com o objetivo de uma maior eficácia, flexibilidade e agilidade para liderar um mercado em transformação. Em simultâneo, foi ainda introduzido um sistema de gestão de experiência dos clientes e colaboradores, o que garantiu a disponibilização de um canal de comunicação direto com os principais stakeholders. Assim, passou a conhecer-se as suas reais necessidades e expectativas, podendo obter o feedback individual e em tempo real da sua experiência com a empresa, assim como os seus produtos e serviços.

“Não encarámos este como um projeto só tecnológico, mas sim de transformação de negócio. Fizemos uma abordagem greenfield, começando uma página em branco, com uma implementação de raiz. Para fazer efetivamente a transformação de negócio e de processos. Revemos todos os processos, baseando-nos em 3 princípios: standarticação, harmonização e otimização. O âmbito do projeto cobre toda a cadeia de valor da Galp em todas as geografias. Tem sido uma jornada intensa, num processo dividido por waves, até para mitigar o risco”

“Estes processos têm grande risco para o negócio e é importante serem divididos por fases. Olhando para trás, realço a preparação do projeto. Demorou um ano até à implementação, olhando-se para as melhores tecnologias, o modelo de governante com equipa dedicada ao projeto vindas dos negócios. Fizemos um template global de design e escolhemos a equipa da SAP, assim como a IBM como implementador e a Deloitte para a gestão da mudança e qualidade”

“Este projeto de transformação tem de ter uma gestão de componente da mudança muito importante. Determinando se as pessoas estão preparadas para a mudança. Temos de ouvir os utilizadores e dar autonomia ao negócio, para definir o que são os requisitos e os processos.
No final deste projeto em termos de standartização e harmonização, conseguimos níveis bastante elevados e uma base para se trabalhar a otimização. Temos de correr riscos controlados. O projeto é uma base. Para haver uma transição energética, é muito importante que os sistemas acompanhem a necessidade de lançarmos novos negócios e produtos. Foi a lógica deste projeto”

– Catarina Ceitil, Head of Business Transformation Office | Galp Energia

“Em 2017, a Galp fez uma análise estratégia de evolução para digitalizar o seu sistema core. Acompanhámos todo o processo de decisão e de implementação. A energética usa o suporte ao core do negócio, o que representa soluções de indústria, com implementação de processos que não existiam. O projeto é uma referência não só ao nível da transformação no setor, mas também a nível internacional. Os grandes colossos da indústria reconhecem-no de uma audácia enorme”

“Este tipo de projeto, com esta dimensão, praticamente não existe em Portugal. Lançou-nos desafios além do mercado nacional e permitiu-nos a aproximação às equipas de desenvolvimento de produto a grandes projetos. É uma inspiração para melhorar os produtos, que depois são colocados no mercado. É inédito”

– Rui Soares, Industry Account Executive | SAP

Evolução Digital ao Serviço da Educação

Criar novas formas de trabalho e um novo modelo de interação com os seus principais stakeholders foram as metas que levaram o Instituto Politécnico de Tomar adotar um processo de transformação digital e de evolução dos seus sistemas de gestão da informação e de processos. O projeto, implementado pela INETUM, veio permitir ainda melhorar a qualidade do serviço prestado, quer interna quer externamente, assim como otimizar recursos, automatizar processos e garantir uma total conformidade com os requisitos de segurança em vigor. Englobando diferentes áreas estratégicas do IPT, inclui ainda uma solução de gestão documental, basilar na concretização dos seus objetivos de transformação.

“Aliado à questão da informação e processos, tentamos sempre, em tudo o que fazemos, garantir a qualidade e eficiência dos serviços. Com a migração do sistema, e tendo já um conjunto de processos, aproveitámos para fazer um ponto de situação do que existia e do que há de novo. Queremos mais agilidade nos nossos processos e alinhá-los com a gestão documental. De forma que o nosso público – alunos, professores, funcionários – poderem ter acesso a toda uma panóplia de informação”

“Em tudo o que tem a ver com proteção de privacidade de dados e segurança, tentamos estar alinhados com a legislação e regulação. Devemos estar preparados e estar com alguma consciência do que pode acontecer, com ferramentas que nos possam dar alguns alertas através de sistemas implementados. Com esta atualização de programas, queremos ainda ter várias funcionalidades que até agora não tínhamos, como a análise de indicadores de gestão. Transformar é algo que tem de se focar na melhoria”

– Joaquim Pombo, IT Manager | Instituto Politécnico de Tomar

“A solução de gestão documental, que chamámos de Simple Flow, é também uma solução de processos de negócio. Para além da segurança e usabilidade. Dá resposta a todos os requisitos. Tem vários módulos, cuja implementação vamos acompanhando. Falta ainda introduzir a componente de BI, de tirar partido dos indicadores de gestão, porque na verdade é uma solução completa”

“A informação vai estar num repositório único, de fácil acesso, e as organizações passam a ter uma informação muito mais inteligente para poderem tomar decisões. Começamos a olhar para a gestão documental como uma peça basilar na arquitetura das organizações, reduzindo a parte administrativa. Daí o investimento neste âmbito. As organizações precisam de ter uma forma inteligente de analisar a informação”

– Sandra Monraia, Sales Director | Inetum

Transformação da Estratégia e Canais de Comunicação

O tem um vasto historial de utilização de tecnologia na prestação de uma experiência de excelência aos seus clientes e colaboradores e na transformação dos seus processos.

Com o início da situação pandémica, o Millennium BCP procurou formas inovadoras de comunicação que permitissem manter o negócio a correr de forma natural. Assim, criou um estúdio na sua sede e implementou o Microsoft Teams Live Events, de forma a produzir uma série de eventos, desde conferências a webinars. Esta foi a solução para dinamizar com bastante sucesso comunicações com colaboradores, clientes e outros stakeholders, de uma forma totalmente inovadora no setor financeiro em Portugal. Exemplos desta solução foram as reuniões internas de quadros, os eventos para clientes finais sobre literacia financeira ou as apresentações de resultados a acionistas e imprensa.

“O início da pandemia obrigou-nos a repensar tudo, porque tivemos de passar do real para o virtual. O que foi um desafio, porque metade das nossas pessoas estão centralizadas e metade nos vários balcões. Havia necessidade de haver um fluxo de informação o mais normal possível. Fizemos em tempo recorde este processo de transformação para puxar para dentro do banco a utilização diária das plataformas Microsoft 365. Para fazer momentos presenciais digitalmente”

“Apesar de um dos desafios ter sido a existência de uma grande resistência ao formato, as pessoas aceitaram esta alteração. Fizemos ainda uma constante melhoria dos próprios sistemas, com uma aposta contínua na qualidade. O virtual e online veio para ficar”

– Erik Burns, Head of Corporate Communications | Millennium bcp

“Para fazer face ao problema, o Millenuim bcp pegou no Microsoft Teams e levou a sua utilização a outro nível, profissionalizando-o. Teve a capacidade de fazer a captação de eventos em tempo real e em streaming, criando conteúdos relevantes e profissionais. A facilidade de adoção da tecnologia permitiu a sua rápida aceitação. Também teve muito a ver com a criatividade a montar este tipo e eventos muito para além das reuniões e dos eventos”

“A visão da Microsoft para o futuro do trabalho, assente na forte investigação que fez nos últimos anos, indica como uma das grandes conclusões que as organizações, apesar de trabalharem neste modelo de trabalho híbrido, ainda não estão preparados. Porque a perceção de produtividade entre líderes e colaboradores é muito diferente. Não podemoe encarar a liderança da mesma forma de antes da pandemia. Está muito assente na sustentabilidade da forma de trabalhar das pessoas”

– Manuel Faria, Customer Success Manager | Microsoft

1º Porto 5G

A solução assenta na implementação de um drone com recurso a tecnologia móvel 5G. E tem três finalidades: apoiar na segurança do perímetro do porto com elevada flexibilidade e eficiência; apoiar os pilotos dos navios nas suas manobras através de uma visão aérea e com integração com GPS dos navios para seguimento automático; e apoiar na inspeção de infraestruturas, evitando a necessidade de andaimes e permitindo executar estas tarefas de forma muito mais frequente, eficiente e flexível.

“A tecnologia está a mudar a forma como os portos operam. Os portos são ecossistemas em que trabalham diversas entidades, são muito vastos e têm dificuldades na parte de conectividade. O 5G já estava no nosso radar e houve uma vontade comum. Pensámos num piloto que nos permitisse obter ganhos rápidos e mostrar a capacidade da tecnologia aos nossos stakeholders e equipas. Atingimos os objetivos, para começar uma transformação na parte da conectividade, para desenvolver os nossos projetos de transformação digital, como a sensorização”

“Somos uma autoridade portuária e parte da atividade está concessionada, sendo a segurança essencial. Estamos interessados em fazer investimentos que os vários stakeholder possam usufruir e aumentar a competitividade do porto. Tem tudo a ver com rapidez, performance, resiliência e previsibilidade. A tecnologia permite-nos medir isto e quanto mais o fizermos mais estamos a contribuir para a cadeia. Cada vez mais, os portos se estendem para lá da terra, são plataformas multimodais de carga. O 5G vem trazer aqui um grande contributo, para potenciar outras tecnologias e integrar todas as cadeias logísticas”

– Hugo Bastos, Diretor de Sistemas de Informação | APDL

“Do ponto de vista tecnológico, enfrentámos 3 desafios. A começar pela robustez do drone físico, num cenário de porto, que não é o mais fácil. Depois, a segurança: para o controlo dos navios, o drone tem de tomar decisões autónimas. O terceiro desafio e o mais relevante é a usabilidade. Garantir que esta tecnologia era útil para o dia a dia. No final, o crítico foi a capacidade para desenvolver uma solução à medida dos desafios concretos”

“O 5G traz uma capacidade, como as altas velocidades de transmissão de vídeo em 4k, e pode acrescentar ainda mais calor, como a análise automática ou identificar necessidades e problemas. Veio trazer uma maturidade tecnológica, com novas e múltiplas funcionalidades”

– Pedro Machado, Head of B2B New Business | NOS

Microsserviços em Cloud

Depois da implementação de um protótipo do Portal de Provedores, foram criados templates de acordo com as regras do negócio, o que permite replicar a mesma tecnologia em situações futuras noutras áreas e processos, de forma encapsulada, escalável, rápida e possibilidade de gestão independente. O projeto vai ainda disponibilizar uma base documental e conceitual. Com ele, e além das vantagens específicas para o negócio dos CTT, o grupo terá ainda todas as vantagens dos microsserviços em cloud: facilidade e rapidez na atualização e implementação de serviços, maior flexibilidade da infraestrutura, escalabilidade dos serviços, criação de serviços standard e reutilizáveis, redução de custos e perdas com o decorrer da sua utilização e desenvolvimento de práticas DevOps e colaborativas.

“Queremos apostar em jornadas que deem ao cliente flexibilidade, que sejam memoráveis e que respondam às suas necessidades, de forma simples e sem fricção. Usando a loja como uma extensão destas jornadas. Garantindo eficiência e sustentabilidade das operações e maior informação aos clientes. Temos ainda o tema da jornada do próprio colaborador dos CTT, porque a transformação digital não é só para fora, mas também para dentro. E temos de ter um pilar de agilidade de negócio, conseguirmos rapidamente responder aos vários desafios dentro da nossa operação e da nossa concorrência”

“Acreditamos que temos de criar ecossistemas, com uma estratégia de omnicanal. Tudo tem de ser muito costumizável e adaptado às necessidades de negócio. Focando as energias no que é diferenciador. Para isso, temos de aproveitar o que a cloud nos traz de bom, usando-a em nosso proveito. Como todas as empresas, ou criamos ou sofremos disrupção. As big tech têm tecnologias e jornadas cativantes para os utilizadores finais. Quem não se ajusta vai estar fora do mercado. O facto de termos 500 anos de história não nos garante o futuro. Temos de olhar para a tecnologia para nos transformar”

– Rui Pedro Saraiva, CTO | CTT

“Esta é uma transformação digital extensa e com um legado muito grande. Tem de ter um planeamento, com um caminho de transição em cima de uma arquitetura já existente, o que pode ser complexo. Por isso, têm de se escolher as tecnologias certas para a missão. A transformação vai demorar algum tempo e funciona muito por conseguir dar capacidade ao negócio para criar produtos e funcionalidades diferentes”

“Com base nesta ideia de entregar valor ao negócio, estamos a criar uma plataforma que permite receber as coisas novas e aceitar o que é a modernização. Apostar nos microserviços em cloud permite escalabilidade. A plataforma é a base para a mudança dos próximos tempos e há ainda que fazer muitas migrações de conteúdos. É muito elástica e responde muito bem, permitindo isolar as diferentes funcionalidades, o que dá agilidade de entrega e de experimentação. Este ecossistema é que permitirá ao negócio compor jornadas e produtos. É o vetor de aceleração deste novo caminho da plataforma”

– Bruno Tavares, CTO | Devoteam

Lugar 5G

O objetivo foi desenvolver uma experiência inovadora, que permita que qualquer adepto possa assistir a um jogo de forma imersiva e em tempo real, como se estivesse no estádio, mas de forma totalmente remota. Para tal, o projeto incluiu a colocação de câmaras 360 de alta-definição ao longo das bancadas, uma plataforma de streaming multi-view e óculos de realidade virtual, que permitam visualizar o jogo em tempo real. Para suportar esta experiência, foi instalada uma rede 5G capaz de garantir excelentes qualidades de imagem e som através das elevadas velocidades e reduzidas latências.

“O Benfica sempre teve um DNA digital e a transformação digital faz parte da nossa estratégia. O Lugar 5G é um exemplo de como podemos aproximar os nossos sócios e fãs ao clube, criando uma experiência completamente diferente. Muitas ideias já surgiram em cima deste use case. Temos um espaço fantástico para colocar câmaras em locais diferentes. São formas de ver o desporto de maneira diferente, tando numa vertente lúdica como de negócio”

“Estamos a transformar as condições do estádio, do ponto de vista tecnológico, para criar estes modelos. Todos os planos de futuro têm de ter uma boa experiência, para garantir o retorno do investimento. Temos de ter um ecossistema de soluções que funcione. Senão, tudo isto acaba por não acontecer e as pessoas desistem e todos perdemos dinheiro e tempo”

– Paulo Martins, Diretor de IT e Operações | Sport Lisboa Benfica

“A NOS tem estado a preparar-se no 5G para estar pronta na vertente tecnológica, como parceiro tecnológico. Temos de assegurar que o 5G está disponível em todo o lado e para todos. Para suportar os casos que antevemos serem relevantes há mais do que telecomunicações, como a cloud, edge computing e muitas outras tecnologias onde fizemos bastante investimento, como realidade virtual e vídeo analytics. Temos de garantir que temos as soluções de software preparadas para as várias indústrias”

“Temo-nos rodeado de um ecossistema de parcerias para garantir que entregamos aos nossos clientes uma solução tecnológica. A maior parte das pessoas não tem dúvidas do poder transformacional do 5G, mas o problema está em trazer um projeto 5G à terra, saber como começar, onde começar e onde está o investimento. As variáveis são muito voláteis. Mas estamos a apostar muito em casos de realidade aumentada, porque melhoram a operação no terreno. Neste momento, a partir da tecnologia já endereçada, ajudamos as empresas e os nossos clientes do início ao fim nestes projetos. Para perceber os desafios e os indicadores que gostariam de mudar”

– Tiago Ribeiro, B2B Business Development Director | NOS

“Temos visto alguns torneios a serem cobertos com este modelo de transmissão e estávamos muito entusiasmados em implementar o modelo em Portugal. O metaverso vai revolucionar as nossas rotinas diárias, sendo que a latência é essencial, o que foi garantido com a solução da NOS com a Accenture. A nossa tecnologia otimiza a qualidade de vídeo. Este caso mostrou que a tecnologia está pronta para o mercado, já que fizemos este projeto em uma a duas semanas. A massificação deste tipo de solução está mais dependente dos óculos do que da tecnologia”

“Temos alguns projetos que são iniciativas mais pontuais, de promoção dos clubes e dos seus patrocinadores. No contexto do metaverso, a nossa oferta passa pela criação de hubs dos clubes, criando lojas virtuais, visitas virtuais, espaços comuns, entre outros. A dúvida dos nossos clientes é onde colocar as fichas primeiro, de forma economicamente equilibrada. Estamos a aconselhar onde devem ser as prioridades”

– José Rodeia, Senior Manager | Accenture

“Temos muito falado na aplicabilidade do 5G do ponto de vista das transformações digitais. Este projeto ilustra o potencial do 5G para enriquecer a forma como se consume entretenimento, no caso os conteúdos desportivos. A Nokia em termos internacionais tem experiências noutras geografias, com soluções semelhantes. Foi um projeto muito interessante e um primeiro passo para o que será a jornada do Benfica para experiências mais digitais que são fornecidas aos fás e sócios”

“A Nokia delineou a sua visão tecnológica para 2030 e o metaverso está presente em todos os planos. Mas vai haver vários metaversos, como o industrial ou o de consumo. Em termos tecnológicos, o 5G está a dar os primeiros passos, mas já estamos a pensar e a desenvolver o 6G, assim como o 5G Advanced. As soluções como a do Benfica vão ser massificadas, mas tudo dependerá dos equipamentos”

– Ricardo Pinto, Customer CTO | Nokia

O Gémeo Digital 5G

Para entregar os melhores produtos aos clientes, a Efacec procurou uma ferramenta para centralizar toda a informação de planeamento, operação, qualidade e logística. E que disponibilizasse, em tempo real, uma visão global da mesma. Com a Solução Fábrica 3D (Gémeo Digital) conseguiu essa ferramenta. Consiste numa réplica digital do chão de fábrica, animada em tempo real com informação das máquinas e dos trabalhadores, obtida a partir de sensores e de câmaras.

“A transformação digital é um dos pilares estratégicos da empresa. Sentimos a necessidade de ter algo que nos diferenciasse pois, como em todos os negócios, os clientes estão muito mais exigentes. O que nos obrigou a uma reflexão interna do ponto de vista do negócio. Tínhamos sistemas produtivos não muito organizados e foi isso que nos levou a fazer uma reestruturação. Com rastreabilidade de toda a nossa cadeia de valor, numa transformação ao nível industrial, com conhecimento e informação para confirmar a otimização industrial. Sentimos a necessidade de ter uma fábrica inteligente. Já o conseguimos”

“Como temos uma forte componente industrial, com vários segmentos, focámos esta digitalização no segmento de negócio mais complexo e de maior dimensão, a área dos transformadores. O objetivo foi resolver esta complexidade, com a adoção de um sistema de gémeo digital. Com a informação toda ligada, que passou a estar disponível e consolidada numa única plataforma, temos a visão de negócio, de operação e um sincronismo que não tínhamos até agora. Os benefícios e resultados foram surpreendentes: conseguimos praticamente duplicar a capacidade numa das linhas de produção e ajudou-nos a otimizar ainda mais as operações. Foi inevitável meter o 5G num projeto destes, porque alavancou o processamento. Já temos o embrião, agora é só expandir”

– Hélder Almeida, Diretor de Operações | Efacec Power Solutions

“O exemplo da Efacec é um caso de sucesso no contexto industrial. Com ganhos de produtividade e correção de falhas, informação em tempo real e visão integral de todos os processos de informação. Este gémeo digital, com a instalação de sensores internos no chão de fábrica, permite monitorizar todo o processo de fabrico, simular alterações a introduzir e criar um ecossistema de realidade aumentada que permita a formação e o treino dos colaboradores”

“O nosso posicionamento no mercado centra-se na oferta de soluções complexas chave-na-mão para os clientes, com competências internas e de parceiros. A tecnologia é um enabler, conjugada com os processos e alinhada com a estratégia da organização. Gostamos que os nossos clientes nos desafiem, porque cada caso é um caso”

– Mário Seborro, Diretor Comercial | Altice Empresas

GORA - Gestão e Operação de Redes de Água

Esta é uma verdadeira “digitalização das águas”. Trata-se de uma solução tecnológica à medida, destinada a armazenar e tratar os dados de caudais da rede de distribuição, controlar os registos de caudal e pressão para faturação e controlo de perdas, e fazer uma observação de tendências de consumos e de utilização da rede, com a criação de relatórios. Esta é uma verdadeira telegestão da água 100% virtual, com integração com sistemas industriais e da qualidade, entre outros, e com informação online estruturada, transparente e disponível para os clientes.

“Para nós, inovar tem de impactar e trazer valor acrescentado para as empresas, clientes e parceiros. Neste processo, houve um grande projeto que o GORA faz parte, de virtualização dos sistemas da organização, para aumentar a segurança, mobilidade e agilidade das equipas no terreno. O GORA é um projeto que envolve muitas áreas da empresa e todas as componentes operacionais, tecnológicas e de compras. É completamente transversal, com uma visão clara da administração em projetos de valor acrescentado que trazem qualidade de serviço e de organização”

“O desafio é a manutenção desta solução, potenciar as infraestruturas e desenvolvê-la ainda mais. Aqui, a parceria com a HPE surge de uma forma natural. Temos que obedecer a regras de contratação pública, mas a HPE na sua resposta foi de encontro às nossas expetativas e tem uma infraestrutas altamente preformante e redundante. É um projeto de vários anos, que só é possível com parceiros de qualidade”

– Carlos Fernandes, Coordenador de Sistemas de Informação & CISO | Águas do Douro e Paiva

“A nossa missão é melhorar a forma como vivemos e trabalhamos. Estar envolvido neste projeto toca em dois ativos muito relevantes: os dados e a componente da água, que é fundamental. Temos uma presença mito forte no setor publico, de uma forma geral, e estamos muito habituados a este tipo de exigência. Garantindo o nível de resposta adequado, para que não haja interrupções num bem essencial como a água”

“Desde 2000, temos desenvolvido mais de 6 mil patentes na inovação dos produtos, assentes na redução de emissões de carbono do ponto de vista das nossas operações. Cerca de 50% do consumo elétrico nas nossas instalações já são fornecidas por fontes de energia alternativas. Mas representa 1/3 das emissões do grupo, sendo que 2/3 estão do lado do cliente, pelo que é essencial para nós inovarmos nas soluções ao mercado. Endereçamos a tecnologia que o cliente precisa, evitando desperdícios”

– Carlos Leite, Southern Europe Head of Partner Sales & Portugal Managing Director | HPE

5G na Gestão de Cargas

Com a utilização da rede 5G da Vodafone, o Porto de Aveiro poderá monitorizar e gerir a sua carga em tempo real, através de soluções de replicação digital e de aplicações e dispositivos de realidade virtual e realidade aumentada. Estas inovações tecnológicas, que estão a ser implementadas em parceria com a Ericsson e utilizadas pelos operadores portuários, vão contribuir para reduzir a pegada ambiental das atividades e melhorar a eficiência, segurança e rentabilidade das operações. Este projeto consiste numa prova de conceito de Gestão de Carga que, assente numa rede privada 5G de última geração, em software logístico dedicado e em câmaras de alta-definição, começou a ser implementada em maio num dos armazéns do Terminal Multiusos da Administração do Porto de Aveiro. Possibilitará avanços substanciais aos operadores portuários na localização, movimentação e armazenamento de cargas neste que é um dos cinco maiores portos do país.

“Queremos ser um smart port, um blue port e um green port. Temos 66 hectares de porto que temos de gerir muito bem, partilhados com terceiros. Todos queremos aumentar a eficiência e reduzir as emissões, com redução de custos associados à operação. Ao longo deste projeto, estamos a recolher algumas métricas. Tenho a certeza de que temos ganhos, mas não os consigo ainda mensurar”

“O processo atual de gestão de cargas é manual. É uma necessidade que o porto de Aveiro tem é de otimizar este processo. Com a sensorização do porto, para conseguir retirar métricas de operação. Acredito que seja um problema comum a todos os portos. Temos esta necessidade de ter uma tomada de decisão suportada em dados. E o 5G e os digital twin vão permitir tomar decisões sem sair da secretária”

– Ricardo Mendes, Técnico Superior de Informática | Administração do Porto de Aveiro, SA

“Um dos objetivos da Ericsson é trazer use cases que existem à volta do mundo e tentar alavancar o 5G, para trazer benefícios para a indústria e os portos. Depois de um case no porto de Livorno, com resultados muito positivos, lançámos com o Vodafone este desafio. O projeto está a decorrer e vamos, até ao início do próximo ano, verificar os resultados e as eficiências obtidas”

“A rede móvel é uma rede 5G de última geração e o enabler da solução. Mas é necessário uma outra série de tecnologias que fazem acontecer o use case operacional, como a realidade aumentada e virtual e um expert system. Só conjugando todas estas tecnologias é que temos o resultado final. A componente do 5G foi a mais fácil, mas pôr a funcionar as coisas no mundo real, com processos reais é o desafio. No porto de Aveiro, há desafios de cobertura, pois é um ambiente altamente metálico e móvel e é necessária uma tecnologia de comunicações bastante robusta e resiliente para um ambiente tão agreste. Só uma rede de grande capacidade e de baixa latência é que permite maximizar todo o potencial de digitalização dos portos. O 5G é a tecnologia que tem a capacidade para isso”

– Nuno Roso, Head of Digital Services | Ericsson

“O processo operacional do projeto não cobre todas as necessidades do porto, mas apenas algumas delas. Como a otimização do espaço para o armazenamento das cargas ou a verificação de cargas. A tecnologia 5G é a base das aplicações para alguns setores de atividade”

“Este projeto foi construído com base numa rede privada 5G, uma rede dedicada e total 5G. O que permite a confidencialidade absoluta, que é essencial em muitas áreas. Permite ainda o processamento local, com o edge computing. A computação de todo este tipo de aplicações é feita localmente e junto da rede e as latências são muito mais baixas, sem atrasos”

– Fernando Videira, Desenho e Pré-Venda de Soluções Empresariais | Vodafone

O trabalho colaborativo como enabler para a nova organização do grupo EDP

A EDP Global Solutions iniciou em 2021 um projeto central de restruturação das salas de videoconferência para todo o grupo. O objetivo foi garantir o melhor regresso possível dos colaboradores aos escritórios no pós-pandemia nas diferentes geografias, face a todos os desafios dos novos modelos de trabalho remoto e/ou híbrido. A solução foi instalada em todo o universo EDP: Portugal, Espanha, França, Itália, México, Polónia e Roménia. E foi disponibilizada em tempo record em mais de 300 salas num período de pandemia. Mudou significativamente a vida e a rotina dos colaboradores da EDP, reforçando a aposta do grupo na transformação digital dos locais de trabalho (smart workspace) bem como na inovação do modo de trabalhar, criando uma harmonia da empresa para com o colaborador entre espaço virtual e espaço físico. Com o regresso dos colaboradores à empresa, e com tudo o que o novo conceito de smart workspace traz, há ainda que gerir as distrações do open space.

“Este projeto assenta numa base, numa plataforma, que responde ao trabalho colaborativo. O que tem de significativo é a capacidade de visão e o pioneirismo que o grupo EDP. A Minsait não está sozinha, mas em parceria como a Microsoft e a Poli neste caso de estudo que envolve a mudança na forma de trabalhar de todo o grupo, que tem agora uma forma de organização muito diferente”

“Este tipo de solução permite que as pessoas percebam que faz sentido trabalhar em comunidade e em colaboração, porque só assim se consegue evoluir. As empresas têm de garantir que os colaboradores têm de regressar ao trabalho e o projeto da EDP vai no sentido correto, com colaboração em salas via Teams. O futuro é feito de pequenos passos e temos de estar preparados e ter visão para o que aí vem. Nas empresas temos ainda de perceber para onde vão os nossos clientes porque, cada vez mais, somos um ecossistema onde todos temos de trabalhar em conjunto”

– João Januário, Responsável Energia | Minsait em Portugal

“Somos a empresa de serviços partilhados do grupo e em 2013 começámos a instalar os primeiros equipamentos de videoconferência. Depois, percebemos que tinhamos a tecnologia certa para fazer o alargamento da colaboração colaborativa multi-geográfica, com redução de custos e sustentabilidade. Olhando para a solução atual e para a de 2015, esta última não era nada intuitiva. Ainda assim, foi bastante positiva. Mas precisávamos de uma solução nova e em 2020, com a pandemia, quando o todo o grupo já trabalhava via Teams, tivemos de perceber qual o próximo passo. O que fizemos foram pilotos com vários fabricantes, com a parceria da Microsoft. Queremos garantir a mesma experiência de reunião, quer em casa, quer no escritório, com a mesma forma de trabalhar, de forma muito simples”

“Esta tecnologia também decorreu da necessidade da EDP se adaptar uma nova forma de trabalhar, que não é por geografia, mas de plataformas globais de negócio, com colaboradores de várias nacionalidades. Isto só se consegue com uma tecnologia que permita trabalhar em modo híbrido e multi-geográfico. Queremos comunicar de forma instantânea e colaborativa. Com salas de reuniões que, no futuro, podem trazer a realidade para o virtual, com o metaverso. Esta inovação no futuro só é possível se estivermos atentos às necessidades das nossas empresas e colaboradores e não tivermos medo de arriscar, fazendo pilotos e parcerias, para aprender em conjunto. As parcerias são fundamentais para crescer em conjunto e termos a certeza dos nossos investimentos”

– Marta Belo, Corporate Services Director | EDP Global Solutions – Shared Services

Customer Data Hub

A Fidelidade, aeguradora líder em Portugal, está a transformar a forma como utiliza os dados, como princípio central da sua estratégia de transformação digital. Para conseguir uma organização centrada no cliente, está a criar um Customer Data Hub que irá alimentar muitas iniciativas data-driven para melhorar o relacionamento com os seus clientes e criar oportunidades de crescimento. Assim, e para atingir os objetivos da iniciativa Customer Data Hub, selecionou a Qlik/Attunity, a solução de Change Data Capture líder no mercado, para integrar os dados no Hub. A DXC Technology foi a tecnológica escolhida para trabalhar em estreita parceria com a Fidelidade e a Attunity, no sentido de concretizar a visão do Customer Data Hub e entregar os benefícios esperados desta iniciativa, quer numa perspetiva de transformação digital, quer na concretização dos objetivos financeiros necessários ao projeto.

“Este projeto acaba por ser um pilar de ativação de uma estratégia omnicanal. O que pretendemos, que é essencial numa organização com heterogeneidade de sistemas e alguma dispersão de dados, é ter uma visão 360 sobre o seu cliente. O que não é propriamente algo simples. O projeto de transformação tem a ver com criar todos os eventos, operacionais e comportamentais, relacionados com o cliente, num fluxo de informação em tempo real colocado em todos os canais. Queríamos ganhar agilidade, através da construção de um suporte muito maleável, com escalabilidade”

“A estratégia omnicanal levou-nos em poucos anos a passar de uma realidade do canal direto de 11 mil clientes para hoje algo 100 x maior, de 1,1 mil milhões de clientes. Que abrange desde as tecnologias mais tradicionais às mais modernas, dando garantias que não se traz demasiada complexidade para dentro da organização. É uma plataforma extremamente simples, a curva de aprendizagem é curta e os conceitos são quase intuitivos. O que acaba por ser um valor. E o tema da escala: foi com surpresa agradável ver esmagar montanhas de informação em minutos. Foi um fator adicional para a decisão”

“Não temos fornecedores nas capacidades que consideramos estratégicas. O que desenvolvemos são parcerias. De termos uma visão comum e o sucesso que está por detrás. Temos uma visão dos nossos roadmpas e participar ativamente no que é o caminho a seguir. É o que distingue a relação de parceira de um simples fornecedor. Com a DXC, o projeto não foi um mar de rodas e houve momentos de mais stress. Mas quanto foi necessário ativar suporte para resolver situações, foi muito acima do expetável numa relação tradicional”

– António Dias, Enterprise Architect | Fidelidade

“Um fator que é determinante é que em todo este programa é fundamental nunca esquecer o que estamos a servir: a empresa e os propósitos do programa. Do ponto de vista de execução, trazemos a tecnologia, os perfis, as pessoas, as competências necessárias e os processos para conseguir responder aos momentos mais complicados. Estes programas não são um mar de rosas do princípio ao fim”

“O programa foi complexo e teve mais entidades. Teve de se compreender muito bem o ecossistema e as valências envolvidas. Trabalhamos para um fim único e seguimos um script único. Se conseguirmos trabalhar em todo este contexto, o resultado é muito mais válido. Levar as competências certas, garantir, antecipar e ser proativo na mitigação de risco, antecipar as situações que podem correr menos bem é a estratégia. Temos de ter uma abordagem válida”

– João Moradias, Insurance Industry Lead | DXC Technology

A Integração "Inteligente" como suporte a uma melhor jornada para a (Multi)Cloud IBM - EDP

A EDP tinha a necessidade de passar a ter uma solução de integração de APIs, robusta, flexível e altamente resiliente, que fosse uma peça de arquitetura transversal para todo o seu negócio. A IBM conseguiu responder na integra esta necessidade, com a sua solução de Data Power/Cloud Pack for integration. A elétrica está assim a conseguir gerir e integrar todo o seu parque aplicacional, com elevada satisfação dos seus clientes numa área core da sua arquitetura.

“A IBM foi pioneira no que é a definição de uma cloud híbrida e tem este footprint. Obviamente as coisas têm de ser pensadas com estrutura, perante as necessidades em concreto. A EDP olhou para a plataforma de cloud para garantir a transportabilidade multicloud e levar melhor os dados que tem dos seus clientes, de forma segura, para onde são necessários. Só assim passou a suportar as novas aplicações nas várias regiões do mundo onde está presente”

“A cloud é agilidade e para a IBM significa várias clouds, consoante as necessidades das empresas. Mas todos os estilos, se não se traduzem em agilidade e automação, não servem. Porque essa é a promessa da cloud”

– Rui Garcia dos Santos, IBM Technology, Automation Brand Representative | IBM

“Com esta solução, as centenas de milhares de aplicações que tem a EDP, como empresa muito complexa, são geridas e entregues no sítio devido. Nesta fase de transformação digital, o tema do governo é muito importante, assim como a componente de performance. Os nossos clientes estão à espera da resposta imediata, pelo que impomos limites muito fortes nas nossas plataformas. É ainda muito importante a estabilidade e parta darmos valor ao negícioe aos clientes”

“Os golos que já marcámos com esta solução? No caso do ataque informático de abril de 2020, um problema muito grave, em cerca de 5 minutos conseguimos fechar as portas todas, graças a um governo muito forte. Depois, ganhámos estabilidade para o negócio, pois há anos que a plataforma da IBM é utilizada. Depois, eficiência, rapidez e performance. Traduz-se em valor para o negócio, com a ligação de todas as peças e valor para a empresa. A integração é a cola das várias aplicações”

– Tiago Aleixo Sousa Soares, Head of Integration Competency Center | EDP

Como aumentar a margem do negócio através de 1st Party Data, Automation e Budgets Flexíveis

Até 2021, o El Corte Inglés via o Google Ads como um custo de marketing no seu P&L e não como um investimento para gerar mais vendas. Mas a partir de então, depois de definir um objetivo de negócios ambicioso (crescer 108% face ao ano anterior) e de apostar na aceleração digital, impulsionada pela pandemia, o grupo viu uma oportunidade para integrar a 1st Party Dat, aproveitando a automação presente nas ferramentas Google para alavancar as vendas. O grande foco do projeto foi a definição de uma margem por categoria, de forma a garantir a lucratividade e ao aumentar drasticamente o volume de vendas. Desta forma, o El Corte Inglés passou a ter um orçamento flexível, que permite capturar oportunidades de vendas sempre que sejam lucrativas.

“Este é um projeto de transformação digital, mas aplicado mais para o marketing. Para usar a tecnologia a favor dos resultados concretos para o negócio. Num retalhista como nós, as margens são muito variadas. Por isso, o objetivo foi integrar a informação de margem, para determinar as campanhas que libertam mais margem. O projeto existe há cerca de dois anos e só nos primeiros meses conseguimos maior rentabilidade, com as margens a subirem em cerca de 60%”

“Queremos ter métricas de negócios mais fáceis. O que interessa é qual é o retorno que temos por investimentos e por categorias. Por isso, e para aproveitar as oportunidades por via das alterações de comportamento dos clientes, teríamos de saber quais as categorias que libertam mais margens. A solução envolveu várias equipas e levou algum tempo. Mas valeu a pena, pois conseguimos obter todos os dados e uma mudança de paradigma. Hoje, não temos budgets fechados, são definidos de acordo com a procura. O projeto prossegue e ainda temos muitos planos para o futuro”

– Judit Miranda, Head of Digital Marketing | El Corte Ingles

“A Google ajudou o El Corte Ingles a fazer esta integração de dados. Construindo um dashboard para analisar de uma forma instantânea qual a margem libertada em determinada categoria e o respetivo orçamento. Mas teve em conta a evolução dos produtos Google, agora focados em objetivos. Por isso, muito do trabalho estava feito, com recurso ao machine learning e às automaçã ,para que o projeto corra de uma forma muito mais inteligente”

“A grande vantagem é que este tipo de projetos nos permite acompanhar a procura. Embora as previsões sejam difíceis. Mas com os budgets flexíveis pode-se acompanhar qualquer pico que exista, sem perder oportunidades de negócio. E a grande vantagem é que existem muitos picos de procura em áreas totalmente diversas, o que traz flexibilidade, maximizando as vendas e a margem”

– Joana Barbosa, Industry Manager Retail | Google

Transformação Digital com base em Pagamentos Digitais

A migração de clientes com experiências físicas para o digital tem representado um trabalho árduo para grande parte do universo de empresas com negócios B2B e B2C. Os fatores que os clientes procuram para passarem a adotar os canais digitais são variados, desde a qualidade da informação disponibilizada à facilidade de utilização. Com a aceleração da utilização do digital, ditada pela pandemia, nomeadamente para as compras, a facilidade de execução dos pagamentos assumiu-se como um fator verdadeiramente relevante. Só que a sua implementação é, em regra, complexa, pesada e onerosa. O projeto implementado na Vodafone pela CMAS Systems vem comprovar que o W2Bill Payments permite facilitar a adoção de novos métodos de pagamento e a sua utilização por todos os canais digitais de qualquer organização.

“Apanhámos a Vodafone numa altura de transformação, de trazer mais clientes para o digital, de transformação da nossa sociedade. A solução encontrada foi trazer uma abstração da experiência digital do pagamento nos canais envolvidos, uma experiência omnichannel dos pagamentos. Com simplificação dos modelos de implementação e redução do time-to-market., para permitir soluções de novos produtos e melhoria de experiências digitais dos clientes. Só assim se fideliza e cria confiança nas organizações”

“As soluções implementadas têm de ser preparadas para a cloud e estar disponíveis e crescer de acordo com as necessidades do cliente. Com scale up e scale donw, segundo as necessidades de cada área de negócio. Serem transversais e não estarem dependentes da infraestrutas, com regras e standards. Com confiança e segurança, respondendo ao compliance de cada uma das organizações”

– Carlos Santana, Founder & Manager | CMAS – Systems

“Na Vodafone, começámos em 2019 com o objetivo de nos focar-nos nas alterações do método de pagamento. Rapidamente percebermos que nos teríamos de centrar numa transformação dos meios de pagamento. Em 2020, lançámos o MBway de uma forma multicanal. Nos anos seguintes, foram introduzidos novos métodos de pagamento, como o Apple Pay e o Google Pay. E começámos a pensar na experiência do cliente, identificando formas de a melhorar. Simplificando e criando automatismos”

“Temos olhado para o tema em duas vertentes: a contínua entrega de novos métodos de pagamento para os canais digitais, quee são reconhecidos como seguros e têm alguma notoriedade; e olhar para formas de facilitar a vida ao cliente, um tema que tem de estar sempre em cima da mesa. Temos de ter uma gestão de pagamentos segura, confiável e escalável, criando um ecossistema onde o podemos integrar facilmente em qualquer canal. A pandemia ajudou à adoção, proporcionando escala. Já temos cerca de 360 mil transações em termos de volume mensais e há um grande crescimento”

– Ricardo Baptista, Líder da Equipa de Arquitetura | Vodafone

SESSÃO INOVAÇÃO MADE IN PORTUGAL

“A equipa de tecnologia da iCapital é responsável pelo produto em si e pelo desenvolvimento da tecnologia a partir de Portugal. A linha comum é no nosso talento e temos universidades muito boas que conseguem formar em escala. Somos inovadores por natureza, menos avessos ao risco, multiculturais e fluentes em inglês”

“Como país e como cultura temos uma capacidade absolutamente única, além da competência técnica, de agregar, de pensar no problema, de resolver e de simplificar. Claro que não é a generalidade, porque temos dois mundos no nosso país. Mas o maior desafio é que temos de todos que provar, para continuar a merecer o investimento internacional, que estamos a fazer isto pela nossa capacidade de operar na Europa e de sermos globais. A nossa capacidade de pensar o mundo é que vai ser diferenciadora”

– Vanda Jesus, Managing Director | iCapital

“Somos um povo de resilientes e não temos medo de falhar, apesar de socialmente o falhanço ainda ser mal visto. Somos um país pequeno, mas sempre abraçámos os desafios que outros não conseguiram. Ao nível do empreendedorismo e uma vez que estamos na cauda da Europa, é na base do conhecimento, da tecnologia e das aprendizagens e outras skills que temos de crescer. Temos tudo para sermos diferenciadores. O objetivo é que se torne cada vez mais um hub de empresas, num hub de disrupção”

“Apesar de estarmos em Portugal e de ter aqui um ecossistema que nos permite evoluir, somos um marketplace e comunicarmos diretamente com a Europa, em 5 línguas, 5 culturas e 5 RGPD’s. Se fossemos para os EUA, seria um único. É por isso que os unicórnios vão lá para fora, porque não têm tantas barreiras como na Europa”

– André Pires Manteigas, Chief Executive Officer | Twoosk

“O metaverso não se pode considerar um conceito fechado. É desregulado e vai evoluir nos próximos 10 anos. Em si, oferece uma oportunidade de uniformização de culturas e de globalização. Dá a capacidade de as pessoas poderem ter um ambiente interoperável. O metaverso vai matar a falta de interoperabilidade que existe atualmente, para que possamos trocar informação que se outra forma está silada. Vivemos num ambiente silado e temos medo de sair da nossa caixinha”

“Só dentro de 10 anos o conceito do metaverso estará minimamente maduro. E Portugal poderá ter aqui uma grande oportunidade. As universidades vão ter de ajudar. Há todo um ecossistema ainda muito avesso ao risco, mas temos uma capacidade grande para provas de conceito. Temos problemas sérios e graves, nomeadamente as startups e scaleups, que têm uma velocidade que a parte regulatória muitas vezes bloqueia na curva de inovação. A inovação está na zona cinzenta das leis e terá de haver uma muito maior abertura”

– André Godinho Luz, Chief Executive Officer | Infinite Foundry

ENCERRAMENTO

“A APDC tem sido um ator de relevo na promoção dos temas da digitalização, mas também na promoção de várias iniciativas, para que Portugal seja cada vez mais digital. A mobilização de todos os agentes sociais tem sido fundamental para podemos aproveitar todo o potencial do digital para benefício de todos, num mundo cada vez mais cheio de desafios. Precisamos de fazer com que as pessoas usem todas efetivamente as plataformas digitais, quer as disponibilizadas pelo Estado, quer pelas empresas. O que passa pelo desenvolvimento das competências digitais por toda a população”

“Digitalizar passa também por desenvolver mais e melhores serviços públicos digitais. Por uma forma diferente de pensar o mundo e as soluções que encontramos para o nosso dia a dia. Esta é uma lógica que na AP tem de ser explorada em toda a sua amplitude, no desenvolvimento de serviços públicos digitais desde a sua conceção, centrando-os nos utilizadores: os cidadãos e as empresas. Teremos de ter um modelo comum, para que a experiência digital na AP seja mais simples, uniforme, sem diferenças e menos incongruências. É um modelo que vai para além do online e terá de servir de base à forma como é definido o atendimento dos serviços presenciais, de acordo com o conceito de uma única administração”

– Secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa – Mário Campolargo